Meg Eba, uma estilista da Nigéria está usando suas competências e criatividade para empoderar mulheres migrantes e facilitar a integração em Verona, Itália.
por Juliana da Penha
Margaret Enabulele, é uma estilista e apresentadora de Benin City, Nigéria. Ela chegou na Itália em 2005 através de um programa de reunificação familiar. Eu encontrei Meg para realizar essa entrevista, depois dela correr entre seu trabalho como faxineira num hospital público e seu trabalho na Casa di Ramia, um centro intercultural de mulheres onde ela está desenvolvendo um projeto empoderando mulheres migrantes através de aulas de costura, ajudando elas adquirirem novas competências e superar o desemprego.
“A moda é a minha paixão, desde de a África. Esse é o meu mundo.”
O “African Fashion show”, um evento iniciado em 2017 em que Meg é a responsável organizadora, traz a Verona uma passarela colorida mostrando as criações produzidas por ela e outros estilistas. O evento também mostra o trabalho das participantes dos workshops que ela realiza na Casa di Ramia e no Genera-Lab, um espaço coworking onde mulheres italianas e imigrantes trabalham e aprendem juntas, usando projetos criativos para superar o desemprego e o isolamento. “Verona African Fashion show, para ser precisa, existe para promover cultura, integração e cria ruma ponte entre nossa cultura e a cultura do país de acolhimento”, explica Meg.
Verona está localizada em uma das áreas mais desafiadoras para imigrantes e minorias étnicas na Itália. Existe discriminação na procura por habitação, emprego, acesso à educação e a cobertura mediática retrata os imigrantes como um perigo, raramente reconhecendo a sua contribuição positiva. Apesar disso, Meg e outras mulheres estão trabalhando juntas para superar essas e outras barreiras usando suas competências e criatividade. O African Fashion Show è também palco para o trabalho de artistas de diversas culturas “é um show de diversidade” ela explica.
Meg acredita que uma mentalidade empreendedora pode ajudar as mulheres imigrantes a superar o desemprego e criar novas oportunidades. Ela também acredita que isso pode ser uma alternativa para a crise global. “Os governos não podem fazer tudo. Se você for capaz de criar algo para si mesmo, o governo verá que isso pode empoderar pessoas, pode gerar empregos e então eles podem investir. È isso o que estou fazendo. Eu estou tentando empoderar as mulheres através do meu negócio com a moda”, ela explica.
“Eu acho que a Itália è uma terra de oportunidades se você sabe o que quer na sua vida. No momento que você descobre o propósito da sua existência, nesse momento você se recupera”
Meg começou a ser reconhecida como uma referência na moda africana em Verona. Ela foi convidada a colaborar em diferentes projetos. Ela também foi convidada para ser juíza no trabalho das estudantes da Escola de Moda Grand Chic, em Verona, num projeto sobre sustentabilidade e interculturalidade, inspirados na moda africana. Ela acredita que o trabalho que está fazendo, se devidamente apoiado e em colaboração com outros estilistas, pode promover a cultura africana e gerar empregos.
O impacto positivo que Meg Eba quer criar está além da moda. Ela estudou Jornalismo na Nigéria e usa suas habilidades comunicativas para apresentar seu próprio programa, D-Lot Show-Voice of Tomorrow. Desde 2003 ela convida líderes das comunidades nigerianas para discutir os assuntos que os afetam na Itália. O objetivo de Meg é cria rum impacto positivo n avida das outras pessoas.
“Existe algo em você que precisa sair pra fora. Você não nasceu vazio. Quando isso sai para fora você toca a vida das pessoas positivamente. È isso que estou fazendo. Eu amo motivar. Eu amo inspirar.